sábado, 10 de dezembro de 2016

Registro de Aves Limícolas e Aquáticas

    Recentemente, em mais uma de minhas andanças em busca de aves, visitei uma Chácara de Piscicultura às margens do Rio Meia Ponte em Goiânia. O local é cheio de aves! São mais de 150 espécies!
    O local é caracterizado especialmente pela fitofisionomia de Campo úmido (confira: http://cerradoeecologiagoias.blogspot.com.br/2016/02/veredas-e-campos-umidos.html), além de algumas áreas de pastagens. Na época seca, os campos úmidos, que antes possuíam um solo encharcado, passam a ficar secos, se transformando em campos de cerrado.
    Em toda a extensão da chácara há um total de 30 lagoas de piscicultura. Os proprietários semanalmente esvaziam 10 ou 15 lagoas. Nessas lagoas mais secas, fica concentrada uma vegetação aquática, como taboas, e gramíneas aquáticas.

Vegetação aquática em lagoa seca da piscicultura.
Várias aves se concentram nessas lagoas secas para se alimentar. Dessas, grande parte são aves limícolas. Essas aves se alimentam de pequenos peixes, vermes ou insetos no ambiente.

Pernilongos, aves limícolas típicas do local.
Dessas aves podemos citar o Pernilongo-de-costas-brancas (Himantopus melanurus), Pernilongo-de-costas-pretas (Himantopus mexicanus), Jaçanã (Jacana jacana), Tapicuru (Phimosus infuscatus), Maçaricos-de-perna-amarela, de-colete, de-sobre-branco, solitários, etc.



domingo, 23 de outubro de 2016

Lobo-Guará (Chrysocyon brachyurus)

O Lobo-guará é um canídeo de médio porte endêmico das planícies do cerrado e áreas abertas no Centro-Oeste e Sudeste do Brasil, ocorrente também na Bolívia e no Paraguai.

Lobo Guará na Serra da Canastra
Atualmente encontra-se em estado preocupante de ameaça, pois 47,8% de sua população foi reduzida. Os únicos lugares onde ainda pode ser encontrado uma pequena população de lobos-guará preservada são o Parque Nacional da Serra da Canastra (PNSC) e o Parque Nacional das Emas (PNE) fora algumas RPPNs em áreas mais secas do pantanal e do cerrado.

Antigamente o Lobo-Guará ocupava somente o bioma Cerrado como sua área de ocorrência, mas, com o desmatamento e com o aumento de áreas de lavoura e campo, o lobo expandiu sua distribuição, e algumas populações podem ser encontradas em áreas secas do Pantanal e nos limites oeste da Serra do Mar, em São Paulo.

Lobo-Guará no Parque Nacional das Emas
Porém, com o desmatamento excessivo do Cerrado, a morada do lobo por milhares de anos, que já perdeu mais de 80% de sua cobertura vegetal, alguns indivíduos dessa espécie migram para as cidades. Muitas vezes, moradores acham lobos-guará em suas residências, e, sem mesmo avisar a Polícia Ambiental, acabam matando o lobo.

Ajude a preservar, esse Símbolo do Nosso Cerrado.


sábado, 27 de agosto de 2016

Cerrado Maior Biodiversidade do Mundo


Com uma biodiversidade tão grande e surpreendente, O Cerrado é a savana mais rica em aspectos de diversidade do planeta. Com quase 1.000 espécies de aves, 11.000 espécies de insetos, 120 répteis, 215 mamíferos, a sua biodiversidade compreende 41% DE TODA A BIODIVERSIDADE BRASILEIRA. 
Confira o documentário produzido por mim, que mostra algumas das belas imagens desse fascinante bioma. 
Agradecimentos: Equipe do Santuário Vagafogo (Uirá, Sr. Evandro e Marcus), Diretoria da Reserva do Abade, Guardiões do Cerrado AGC, DOC Cerrado, Projeto Voz do Cerrado, Brasília é o Bicho (Auxílio com a Trilha Sonora)

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Fitofisionomias do Cerrado - Veredas e Buritizais

Dentre as mais diversificadas fitofisionomias do Cerrado, uma que podemos destacar são as veredas.

Vereda em São Sebastião do Paraíso/MG
As veredas, geralmente estão associadas aos campos úmidos (veja em: http://cerradoeecologiagoias.blogspot.com.br/2016/02/veredas-e-campos-umidos.html) e além disso, são como "Oásis do Cerrado" pois, além de abrigarem grande quantidade de espécies, sempre há algum curso d' água ou córrego dentro de uma vereda, o que garante água infinita para os animais e plantas da região, a menos que essa vereda seque ou seja destruída.

Os buritizais, geralmente, ficam submersos por água, ou crescem dentro de lagoas, diferentemente das veredas, que crescem em campos úmidos.

Buritizal na savana de Roraima
Os buritizais crescem dentro de lagoas, originando assim, a presença de plantas ou gramíneas aquáticas. Muitas espécies de psitacídeos (como araras, periquitos, jandaias e maracanãs) aproveitam as palmeiras para nidificar.



domingo, 5 de junho de 2016

A Redescoberta de uma ave no cerrado que causou mistério na ornitologia

Na região do Cerrado Mineiro, o pesquisador Rafael Bessa, redescobre uma ave raríssima, talvez a mais rara do mundo, a Columbina Cyanopis (Pelzenln, 1870) Rolinha-do-Planalto.
É um dos maiores mistérios da Ornitologia Mundial, não era vista desde 1940-1941 (S. de Goiás). Em 1823 ela foi descoberta na região da ESEC Serra das Araras, MT. Cinco indivíduos dessa espécie foram coletados no local e taxidermizados, três no sul de Goiás e outros dois no Noroeste de São Paulo.

Foto: Rafael Bessa
 Já se sabia parcialmente de sua descrição física, mas não se conhecia nem o tom de azul de seus olhos, o bronzeado de sua barriga e as manchas carijós nas asas. 

"Estava em um Cerrado fechado, um campo rupestre bem aflorado, com
aspectos rochosos e plantas de pequeno porte. Sentei por ali, e escutei uma estranha vocalização.
No dia seguinte, voltei ao local, soltei a gravação do mesmo canto, e ela se aproximou
de mim. Fotografei, mas quando olhei no visor atentamente, começei a tremer"

Rafael Bessa

Only 12 individuals are confirmed: Blue-eyed Ground Dove <i>Columbina cyanopis</i> © Rafael Bessa
Foto: Rafael Bessa
Indica-se que só existam 12 indivíduos na natureza, fotografados por Bessa e Nogueira, no último SAVE Brasil. Existe uma pequena população no Sul de Goiás, na Serra das Araras, em Mato Grosso e está provavelmente extinta em São Paulo pelo grande avanço das monoculturas e cidades.

Que o nosso Cerrado nos traga mais revelações, como essa....

sábado, 16 de abril de 2016

Mata Deserta

Embora hajam atualmente em território brasileiro sérios problemas com a forte e impactante expansão urbana, agrícola e humana, matas ainda não descobertas continuam virgens.
Se estabelecidos "limites" aos trabalhadores rurais e proprietários da região com terras e matas ainda completamente inexploradas, a sustentabilidade ambiental, chamada "Coexistência" talvez possa atingir graus mais altos, e, fazer daquele local, um grande corredor de biodiversidade.

Cada vez mais que surgem problemas para as matas,
animais e plantas desaparecem.
O Que o mundo chama de "Progresso" é na verdade um problema para as matas, animais e plantas, depois se voltando contra nós. O Cerrado por exemplo, que já perdeu mais de 80% de sua cobertura vegetal, é o bioma responsável por nos dar ÁGUA e ALIMENTO. Porém, isso não é enxergado por ninguém, que pega o trator, o correntão e vai devastando as florestas brasileiras.


Então reflitam, porque ainda é tempo de acabar com esse progresso desenfreado. Quem sabe um dia, enxerguemos a olho nu, uma Mata Deserta... 

domingo, 3 de abril de 2016

Refúgios Ecológicos

Urubu-rei (Sarcoramphus Papa) no Refúgio Ecológico
Guardiões do Cerrado. (Foto: Douglas Santos)

Refúgios ecológicos são locais que procuram visar a conservação de devido ambiente florestal, proporcionar ecoturismo, educação ambiental e observação de fauna silvestre. No estado de Goiás, destaca-se o Refúgio Ecológico Guardiões do Cerrado, localizado no município de Serranópolis. O local apresenta remanescentes de matas fechadas, floresta estacionais e cerradões. A fauna é bem diversificada, espécies como tamanduás, onças, jaguatiricas, urubu-rei, antas e lobos. O local é também importante sítio arqueológico, pois guarda algumas pinturas rupestres. Há também cachoeiras, mirantes e locais de educação.
Endereço: 
ENTRE RIOS VERDES E CORRENTE
Cidade/UF: SERRANÓPOLIS
SERRANÓPOLIS / GO
Telefones:
(64) 9606-2203 / (61) 9963-4181



Redescobrindo Matas Virgens

O Estado de Goiás apresenta em sua porção sul e sudoeste pequenos, muito pequenos, porém muitos, remanescentes de transições de cerrado com mata atlântica. Dentre uma das pistas que podemos destacar, é a presença de Florestas Estacionais Semideciduais (FES), um tipo de fitofisionomia originária da mata atlântica em transição com cerrado.

Floresta Estacional Semidecidual (Mata Atlântica) em
Serranópolis, no sudoeste do estado de Goiás.
Onde podemos observar isso com mais frequência, na Serra da Onça, em Serranópolis/GO. A Fitofisionomia principal é caracterizada por FES. Isso leva também, à mudanças no tipo de fauna. Um lobo-guará, não viveria em uma mata decidual, apesar de estar distribuído em todo o estado. Uma anta, ou uma paca, ou até uma onça-vermelha, podem viver em uma Mata decidual, porque são mais adaptadas a este tipo de ambiente, sendo mais encontradas nesse subsistema.

Vista de Neblina, na Serra da Onça. Região de matas
deciduais e florestas estacionais. Serranópolis/GO.
Redescobrindo essa floresta, com o nome de Serra da Onça...Foi uma grande descoberta. O Programa "Redescobrindo Matas Virgens" desenvolvidos na serra da onça, mostra que aquele local ainda guarda grande potencial de fauna, ainda não descobertos.

Trilhas do Parque Nacional das Emas - GO

Parque Nacional das Emas - Mineiros/GO 

Enfim no Parque Nacional das Emas
O Parque Nacional das Emas é situado no chamado Planalto Central, que abrange os estados banhados pelo aquífero Guarani e com presença de biomas como cerrado e mata atlântica. O parque é localizado no extremo sudoeste do estado de Goiás, abrangendo os municípios de Mineiros (GO), Chapadão do Céu (GO), Costa Rica (MS) e Chapadão do Sul (MS). O parque conta com 4 portões, sendo 2 desses abertos à visitantes, o Portão Jacuba em Mineiros e o Portão Guarda do Bandeira, em Chapadão do Céu.
São 131.868 hectares de reserva dos cerrados, onde o visitante além de poder observar além da rica vegetação, corredeiras de águas cristalinas e animais como Veado-Campeiro, Tamanduá, Arara, Lobo-Guará, Lobinho, Sucuri, Emas e Cervo-do-pantanal.

Olha uma Cascavel na estrada de Chapadão do Céu
Trilha do Jacuba - Esse percurso de aproximadamente 50 km é ideal para se fazer de carro. Durante o passeio é possível parar o carro e fazer uma trilha, na cabeceira do Rio Jacuba. Ela tem aproximadamente 40 m e passa pelo Córrego Jacubinha, onde se pode beber água. Animais como o Veado-Campeiro, o Jaó, o Chopim do Brejo e Tamanduás são vistos com facilidade durante o percurso.

Trilha do Formoso - Tem aproximadamente 1 km de extensão, passando por matas de galeria e ciliares, além de uma vereda e acaba no Rio Formoso, onde você pode dar uma refrescada. O veado-mateiro, o tamanduá-bandeira, arara-canindé e a maria-faceira são vistos na trilha. Já foi observado rastros de queixadas sendo perseguidos por onça nessa trilha. O acesso é feito pelo Portão Guarda do Bandeira, em Chapadão do Céu.

Trilha do Brigadista - Tem aproximadamente 2 km de extensão, e nela, você pode ver muitos animais, como queixadas, pula-pula-de-sobrancelha, soldadinho, trinca-ferro, jaó, capivara. Ela passa, em seu trajeto, por um campo úmido (parcialmente alagado durante todo o ano) e acaba na Lagoa da Capivara.

Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Gxwp1DIz0cE



quinta-feira, 24 de março de 2016

Aves do Jardim Botânico - Goiânia/GO

Com mais de 300 hectares de Mata Seca, Mato Grosso Goiano, Mata Ciliar e de Galeria, o Jardim Botânico de Goiânia é um local primordial para conservação de espécies, contando ainda com uma estufa, borboletário e animais silvestres.
Por todos esses e outros fatos, o Jardim Botânico guarda muitas espécies da fauna das regiões de mata, o que está constantemente atraindo observadores de aves para este local. Por isso, dei uma passada por lá para ver como está a quantidade de aves do local, e me surpreendi.

Registrei no local aves incomuns, como o Benedito-de-Testa-Amarela (Melanerpes Flavifrons) algo incomum para Goiânia, pois esta ave é mais comum na região Sudeste do Brasil, na área de Mata Atlântica. Outra ave que me surpreendeu foi o Socó-Boi (Tigrisoma Lineatum), pois esta ave não é facilmente vista em áreas urbanas, além disso costuma ser muito arisco.

Lista de aves ocorrentes no Jardim Botânico - Goiânia/GO
((SÓ SERÃO APRESENTADAS ALGUMAS AVES))


ANATIDAE

Amazonetta Brasiliensis; Marreco-Ananaí; Brazilian Teal


CRACIDAE

Penelope superciliaris; Jacupemba; Rusty-margined Guan
Crax Fasciolata; Mutum-Pinima; Bare-faced Currasow

ARDEIDAE

Ardea alba; Garça-branca-grande; Great egret
Ardea cocoi; Garça-moura; Gray heron
Egretta thula; Garça-branca-pequena; Snowy egret
Nyctorax nyctorax; Socó-dorminhoco; Black-crowned Heron
Buterioedes striata; Socozinho; Striated Heron

THERESKIORNITIDAE

Mesembrinibis caynnensis; Coró-coró; Green ibis
Phimosus infuscatus; Tapicuru-de-cara-pelada; Bare-faced Ibis
Theristicus caudatus; Curicaca; Buff-necked Ibis

CATHARTIDAE

Coragyps atratus; Urubu-de-cabeça-preta; Black Vulture

ACCIPITRIDAE

Rupornis magnirostris; Gavião-carijó; Roadside Hawk
Buteo brachyurus; Gavião-de-cauda-curta; Short-tailed Hawk
Spizaetus tyrannus; Gavião-pega-macaco; Black Hawk-Eagle

FALCONIDAE

Caracara plancus; Gavião-carcará; Southern Caracara
Falco sperverius; Quiriquiri; American Kestrel

RALLIDAE

Aramides cajanea; Saracura-três-potes; Gray-necked Wood-rail
Pardirallus nigricans; Saracura-sanã; Blackish Wood-rail
Gallinula galeata; Frango-d'-água-comum; Common Moorhen
Porphyrula martinica; Frango-d'-água-azul; Purple gallinule

COLUMBIDAE

Columba picazuro; Pomba-asa-branca; Picazuro pigeon
Columba caynnensis; Pomba-galega; Pale-vented Pigeon
Columba plumbea; Pomba-amargosa; Plumbeous Pigeon
Leptotila verreauxi; Juriti-pupu; White-tipped Dove
Leptotila rufaxilla; Juriti-gemedeira; Gray-fronted Dove
Zenaida auriculata; Pomba-arribaçã; Eared Dove
Columbina tapacolti; Rolinha-roxa; Ruddy-ground Dove
Columbina squammata; Fogo-apagou; Scaled Dove
Columba livia; Pombo-doméstico; Rock Pigeon

PSITTACIDAE

Diopsittaca nobilis; Maracanã-pequena; Red-shouldered Macaw
Forpus xanthopterygius; Tuim; Blue-winged Parrolet
Brotogeris chiriri; Periquito-de-asa-amarela; Yellow-chevroned Parakeet
Amazona aestiva; Papagaio-verdadeiro; Blue-fronted Parrot
Amazona amazonica; Curica; Orange-winged parakeet

CUCULIDAE

Piaya cayana; Alma-de-gato; Squirrel Cuckoo
Crotophaga ani; Anu-preto; Smooth-billed Ani
Guira guira; Anu-branco; Guira Cukoo

STRIGIDAE

Tyto furcata; Suindara; Barn Owl
Megascops choliba; Corujinha-do-mato; Tropical Screech-Owl
Glaucidium brasilianum; Caburé; Ferruginous Pigmy-Owl
Asio Clamator; Coruja-orelhuda; Striped Owl

CAPRIMULGIDAE

Hydropsalis albicolis; Curiango; Parauque
Hydropsalis parvula; Bacurau-chintã; Little Nightjar






domingo, 20 de março de 2016

Jardim Botânico de Goiânia - GO

O Jardim Botânico de Goiânia foi fundado em 1978, com o objetivo de abrigar os remanescentes de mata fechada (mata de galeria e floresta ciliar) e os animais silvestres da área. O local também guarda um borboletário, um lago e um abrigo com mais de 60 espécies de plantas e flores.

Porém o local guarda 1.000.000 m² de matas de galeria e de vegetação ciliar, e isso tem cada vez mais atraído observadores de pássaros, que procuram diversas espécies no local, onde se refugiam aves e também mamíferos de pequeno e médio porte.


sábado, 12 de março de 2016

Ocorrência de aves aquáticas nos Arrozais Irrigados do Estado de Goiás

As lavouras de arroz irrigadas do Estado de Goiás apresentam alto índice de espécies de aves que se refugiam nestes locais. As aves procuram os arrozais para procurar refúgio de predadores, locais para nidificar e sobretudo, alimento (Maputo,2009). Eles se alimentam dos grãos de arroz que sobrarem após a colheita do mesmo. As aves se dividem em grupos e deixam os arrozais parecido com reservas
ambientais. As aves mais vistas nos arrozais são os marrecos.

Espécies de marrecos ocorrentes 
nos arrozais do Estado de Goiás:

Marreca Caneleira (Dendrocygna Bicolor) - Rara no Estado
Marreca Cabocla (Dendrocygna Autumnalis) - População Estável
Marreca Irerê (Dendrocygna Viduata) - População Estável
Pé-Vermelho (Amazonetta Brasiliensis) - População Estável
Marreca-de-Bico-Roxo (Nomonyx Dominicana) - Rara no Estado
Pato-de-Crista (Sarkidiornis Sylvicola) - Muito raro no Estado

Grande parte das aves que vivem nesse tipo de paisagem agrícola não sofrem tanto os danos do desmatamento de seus habitats naturais. Muitas aves além disso, só podem ser vistas nos arrozais, como o Botaurus Pinnatus. Muitos mamíferos também se adaptaram aos arrozais, e são vistos com frequência neste ambiente, como o Blastocerus Dichotomus. A relação destes animais de classes diversas com os arrozais se deve ao fato de que, este tipo de cultura agrícola proporciona alimento farto para as mesmas. Os marrecos (foto ao lado) Dendrocygna , que é uma classe familiar, são as aves mais encontradas nos arrozais.  Elas se dividem em grupos e deixam os arrozais lotados de aves.

Porém, não são todos os agricultores que aceitam as aves muito bem receptivamente. Alguns reclamam dos prejuízos que as aves também causam nas lavouras de rizicultura. Outras aves até mais raras sofrem os prejuízos. A maioria são mortas, à tiros ou também por agrotóxicos usados no cultivo do arroz. Muitos agricultores também começaram a utilizar os Marrecos de Pequim (Anas sp.) no combate das pragas do arroz, como percevejos e pequenos invertebrados. Porém, os marrecos-de-pequim são aves domésticas, e já são acostumadas a isso.


terça-feira, 8 de março de 2016

Serra da Onça - Fazenda Cavá - Serranópolis/GO

Localizada à 5 km do Córrego Bom Jardim (Divisa entre Jataí e Serranópolis) a Fazenda Cavá guarda uma das serras de maior biodiversidade catalogada para o Estado de Goiás: a Serra da Onça. Com cerca de 150 espécies catalogadas de aves e mamíferos de médio e grande porte.

Lista de Espécies de Mamíferos Catalogadas na Serra da Onça:
Primatas:
Bugio-do-Cerrado (Allouata Cayara)
Sagui-de-tufo-preto (Callitrichinae)
Sagui-de-tufo-branco (Callitrichinae)
Macaco-Prego (Cebus Apela)
Jupará (Potos Flavus)

Felídeos:
Jaguatirica (Leopardus Pardalis)
Gato-Mourisco (Puma Yaguarundi)
Gato-do-mato-pequeno (Leopardus Tigrinus)
Gato-Maracajá (Leopardus Weidii)
Onça-Vermelha (Puma Conclor)
Onça-Pintada (Panthera Onca)

Canídeos (Canidae):
Lobo-Guará (Chrysocyon Brachyurus)
Cachorro-do-Mato (Cerdocyon Thous)
Cachorro-Vinagre (Speothos Venaticus)

Procionídeos:
Mão-pelada (Procyon Cancrivorus)
Quati-de-bando (Nasua Nasua)

Rodentidae:
Paca (Cuniculus Paca)
Cotia (Dasycprota Azarae)
Preá (Cavis sp.)
Ouriço-Cacheiro (Coendou Prehensilis)
Capivara (Hydrochoerus Hydrochaeris)
Lebre Tapiti (Sylvilagus Brasiliensis)

Xenartros:
Tamanduá-Bandeira (Myrmecophaga Tridactyla)
Meleta (Tamandua Tetradactyla)
Tatu-Peba (Euphractus Sexcinctus)
Tatu-de-rabo-mole (Cabassous Tatouay)
Tatu-de-rabo-mole (Cabassous Unicinctus)
Tatu-Galinha (Dasypus Novemcentimus)
Tatu-Folha ou Tatuí (Dasypus sepcentimus)

Unguladus:

-Cervidae: 
Veado-Mateiro (Mazama Americana)
Veado-Catingueiro (Mazama Gouazoubira)
Veado-Roxo (Mazama Nemorivaga)
Veado-Campeiro (Ozotocerus Bezoarticus)

-Tayasuiidae:
Queixada (Tayassu Pecari)
Caititu (Pecari Tajacu)

-Tapirus:
Anta (Tapirus Terrestris)

Mustelídeos:
Irara (Eira Barbara)
Furão (Galictis Vittata)
Lontra (Lontra Longicaudis)
Jaratataca (Conepatus Semistriatus)

Marsupiais:
Gambá (Didelphis Albiventris)
Cuíca d' água (Chironectes Minimus)
Catita ou Cuíca (Philander Opossum)


As armadilhas fotográficas ainda estão nas trilhas da serra
e há uma instalada em um dos cochos de sal. Em breve 
haverão mais informações sobre os mamíferos da serra.


sábado, 5 de março de 2016

Vida nos Açudes de Goiás

¹ Definição: Qualquer corpo d' água que for construído para represar uma área é denominada açude. Os açudes quando são pequenos são chamados açude e se forem maiores lagos e se forem maiores ainda são denominados represas. 
Nos açudes que possuem vegetação herbácea-graminosa constituído especialmente por plantas aquáticas, encontramos mais de 172 espécies de aves, em somente 1 dia de observação.
Catalogamos cerca de 33 espécies de aves aquáticas no Açude dos Marrecos, em Nerópolis/GO. O Local apresenta alta diversidade de espécies, e incluindo elas estão aves raras, como a Inhuma (Anhima Cornuta) e o Piaçoca (Gallinula Galeata). 

O Piaçoca (Gallinula Galeata) é uma das aves que vive no açude dos marrecos.
(Foto: Estevão Santos, Nerópolis/GO).




domingo, 28 de fevereiro de 2016

Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco (PEAMP)

O Parque PEAMP foi criado em 1991 e possui uma área de 2.131 hectares com o objetivo de conservar a biodiversidade, proteger os mananciais hídricos para abastecimento público (Ribeirão João Leite) e garantir a manutenção dos processos ecológicos locais, pois a vegetação é de Mata Seca, Cerradão e raramente Cerrado.

Onça-pintada, imagem de Armadilha Fotográfica. O animal foi
fotografado no Parque mais de 07 vezes.


Entrada do Parque Altamiro de Moura Pacheco a partir da BR-060 entre Goiânia e Terezópolis de Goiás, depois da Polícia Rodoviária Federal, lado esquerdo. No local há mais de 480 espécies de plantas e cerca de 600 espécies de animais.


A área onde hoje está o parque era fazenda de Altamiro de Moura Pacheco e foi vendida para o Estado pela metade do preço desde que fosse transformada em reserva ecológica. Várias outras áreas em Goiânia foram doadas pelo médico e farmacêutico que era amigo do então presidente Juscelino Kubtschek e foi o responsável pela desapropriação de terras para a construção da Capital Federal.
A beleza do tucano em banner exibido durante a reabertura do Parque Altamiro de Moura Pacheco, ave já observada dentro do parque.

Foto do Google earth mostra área do parque antes do enchimento da Barragem do Ribeirão João Leite. A BR-060 corta a área ligando Goiânia a Terezópolis de Goiás e seguindo para Brasília (Capital do Brasil).

Foto de Leoiram/Goiás Agora mostra o lago do Ribeirão João Leite quando completou o enchimento total e começava a verter pela barragem. O parque está do lado direito na foto do lago e é importante para manutenção da qualidade da água do lago que abastece Goiânia.

 Trilha do Peba é uma das trilhas que podem ser visitadas no Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco. (Foto: Placa da Trilha do Peba).

Muitas espécies encontradas mortas ou atropeladas nas estradas foram empalhadas. A seriema Cariama cristata é um exemplo de ave que vive na área do parque.
Antes da criação do Parque no local existia a Fazenda Dois Irmãos que desenvolvia atividades de agricultura e pecuária. Hoje, o verde pode ocupar todo o espaço e garantir a existência de inúmeras espécies animais e vegetais. E a partir de agora o setor privado poderá ser o responsável pela manutenção e fazer com que o parque cumpra sua função, não só de preservar a biodiversidade do Cerrado, mas também de garantir que as áreas preservadas sirvam para pesquisa, ensino, visitação e lazer

Tamanduá-bandeira é uma das espécies mais encontradas no Parque Altamiro de Moura Pacheco. Fora de uma reserva e principalmente atravessando estradas esses animais correm muito risco de serem atropelados e mortos. Nos parques ou áreas de proteção estão mais seguros para darem continuidade a espécie.

Arara canindé em banner exibido na reabertura do parque representa bem o cerrado goiano com árvores tortas mas também com grandes matas do Brasil Central.
Maquete mostra como será o Centro de Estudos do Cerrado no Parque Altamiro de Moura Pacheco. Parque vai contar com auditório e Local de Dormitório.




Mata do Parque Altamiro de Moura Pacheco vista a partir da BR-060. Remanescentes do chamado Mato Grosso Goiano ou vegetação que existia no sul, sudoeste e noroeste de Goiás típica de floresta semicaducifólia ou mata seca. Mas dentro do parque pode se encontrar também locais com matas-ciliares e cerradão, mais raro, o cerrado típico.

O Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco - PEAMP foi criado pela lei nº 11.471 de 3 de julho de 1991. Suas terras estão dentro dos municípios de Goianápolis, Nerópolis, Terezópolis de Goiás e Goiânia (Zona Rural).

"Flora do Parque Altamiro de Moura Pacheco:

Açoita-cavalo, aroeira, angico, assa-peixe, bacuri, bálsamo, baru, cafezinho, caroba, cangerana, cedro, chichá, copaíba, cipó, farinha-seca, figueira, guapeva, guatambú-de-folha-larga, guatambú-de-folha-miúda, imbaúba, ingá, ipês, jacarandá, jatobá, jequitibá, jerivá, leiteiro, louro-pardo, macaúba, mamica de porca, maria-preta, marinheiro, moreira, monjoleiro, mulungu, mutamba, paineira, pata-de-vaca, pau-formiga, pau-jacaré, pau-jangada, peroba-rosa, pitanga-do-mato, pororoca, sangra d'água, sucupira-preta, tamboril e gonçalo-alves" (Cartilha Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco - Sebrae 2004)

"Animais do Parque Altamiro de Moura Pacheco:

Capivara, garça-branca, perereca, rã, sapo cururu, sapo comum, sapo boi, anta, cachorro do mato, coelho tapiti, caititu, furão, gambá, gato mourisco, jaguatirica, jaratataca, lobo-guará, lontra, macaco guariba, macaco-prego, mão pelada, mico estrela, morcego, paca, preá, quati, raposa, rato-do-mato, tamanduá, tatu folha, tatupeba, veado-mateiro, cágado, calango, cobras, jabuti, lagartixa, mucurana, teiú, anu-preto, e anu-branco, beija-flor, bem-te-vi, canário, codorna-amarela, corujão, joão-de-barro, periquito, perdiz, pica-pau, pomba-amargosa, quero-quero, rolinha, sabiá, sanhaço, saracura, seriema, socó, sofrê, tiê-do-cerrado, tico-tico-da-mata, tiziu, tucano, urubu, arara, papagaio, gavião, inhambu e outros" (Cartilha Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco - Sebrae 2004)

Maquete mostra uma aldeia de grupos caçadores coletores do período pré-histórico exposta no Museu Jesco Von Puttkamer da PUC Goiás
.
Na área do Parque Altamiro foram encontrados sítios arqueológicos de uma antiga aldeia que comprovam a existência de grupos indígenas. Há publicações que trazem que são da fase Mossâmedes e viveram no local provavelmente entre 15 e 5 séculos atrás - época do descobrimento do Brasil. "Por volta do século V habitavam índios da comunidade Kayapó do Sul (grupo ceramista e horticultor). Com a chegada do homem branco os índios abandonaram a região e foram para outras áreas." (Cartilha Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco - Sebrae 2004).
Urna funerária encontrada em sitio arqueológico no Parque Altamiro de Moura Pacheco, lado direito da BR-060. Foto faz parte do acervo do Instituto Goiano de Pré-História e Antropologia da PUC Goiás.

Árvores grandes, típicas de matas, são encontradas no Parque Altamiro de Moura Pacheco e podem ser observadas por quem passa pela BR-060 que liga Goiânia a Anápolis e Brasília. O parque está a 22 quilômetros de Goiânia e a 25 quilômetros de Anápolis, após percorridos entre Nerópolis e Goianápolis.
Couro de onça pintada que foi exposto no Parque agropecuário em Goiânia. Sem as áreas de proteção ambiental os animais não conseguiriam sobreviver diante da ocupação humana de todo o territorio. Fora de áreas de proteção os animais podem ser alvos fáceis de caçadores, caboclos, assim, causando sua morte.

Reserva Lago do Cedro - Aruanã/GO

Às margens do Rio Araguaia, está a Reserva Extrativista Lago do Cedro, emAruanã, no noroeste goiano. Nos 30 quilômetros de extensão e em uma área de 17.337 hectares, estão reunidos 72 lagos de água doce, sendo 64 deles perenes, ou seja, nunca secam. Mais de 324 espécies de aves foram catalogadas no parque ecológico criado em 2006.
"Aqui podemos encontrar andorinha, pica-pau do campo, maria de barro, martin-pescador, marrecos, gaviões, entre outras espécies", explicou o biólogo e coordenador de pesquisas da reserva, Kenney Andrade Borges. Os jacarés, de diversas espécies, também são muito procurados pelos turistas, que têm curiosidade de chegar bem próximo aos animais.
O pesquisador ressalta a importância da preservação da área para a presença desses bichos. "Cerca de 84% da área da reserva ainda tem vegetação nativa. Como o curso do Rio Araguaia atinge muitos locais, não foi possível desmatar para aproveitar os terrenos para outros usos. Dessa forma, os animais são beneficiados", afirma. Antas, caititus e até os cervos são vistos aqui facilmente, mesmo no período da manhã.
O Pato-Corredor (Neochen Jubata) é facilmente encontrado na Reserva.

Serra do Jacu - Trindade/GO

Localizada no município de Trindade no Estado de Goiás, a Serra do Jacu é uma elevação geográfica caracterizado por Serra, com mais de 800 metros de altitude. Cercada pelo Córrego do Onça, a Serra forma uma vegetação composta pelos subsistemas de Mata de Galeria, Floresta Ribeirinha, Mata Ripária e Cerrado Típico e de Altitude. 


Da fauna podemos encontrar espécies diversificadas, o Tucanuçu e o Caburé são as aves mais comuns no local. Na vegetação de Brachiara que fica nas margens do Córrego do Onça na parte sul, podem ser vistos os Jacaretinga (Caiman Crocodilus) no período noturno. Na trilha que leva ao topo da Serra já foi avistada um Onça-Preta (Panthera Onca), só que muito de longe, cerca de 1000 metros


terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Movimentos dos Mamíferos na região de Goiás

Diversas espécies de mamíferos que compõem a mastofauna do cerrado no estado de Goiás, realiza movimentos quase migratórias, saindo de seus ambientes e transitando para outros.
Várias espécies deixam seus nichos específicos para se mudar de subsistema, muitos acreditam que tem muito haver com a disponibilidade de alimento e as condições para reprodução e procriação.

Muitas vezes animais atípicos da região de Goiás são vistos e até mesmo em ambientes diferentes dos originais das espécies. Acompanhe agora um trecho do depoimento de Roberto Malheiros:

[...] Dos 30 anos que morei no Parque Nacional das Emas,
 nunca vi entre os anos de 1964 à 1980 realizando movimentos
 de deslocamento entre ambiente [...]

Roberto Malheiros diz que, durante alguns meses do ano de 1976, avistaram uma espécie de primata inesperado na região, o Alouatta Guariba (Bugio-Ruivo). Consta que, o animal se encontrava em deslocamento no subsistema de campo limpo, tido como nicho adverso por esta espécie, já que vive nos subsistemas de Mata Galeria, Floresta Ripária Semidecídua, Mata Ribeirinha e Floresta Estacional Semidecidual.

domingo, 14 de fevereiro de 2016

Marrequinha-Asa-de-Seda (Amazonetta Brasiliensis)

A Marrequinha Asa de Seda (Amazonetta Brasiliensis) é uma ave Anseriforme da família Anatidae. Marreco de pequeno porte, os machos medem entre 40-43 cm e as fêmeas entre 39-40 cm. Seu nome científico quer dizer "Marreco do Rio Amazonas" pelo fato de que nas expedições em 1530 ela foi observada frequentemente nos Igarapés da Amazônia. No Bioma Cerrado, é uma das espécies mais abundantes, registradas em 87,3% dos anilhamentos de anatídeos na região do Estado de Goiás.

Habita pequenos cursos d´água, brejos de vegetação densa e áreas úmidas, ocasionalmente em pequenas represas ou poças cercadas por vegetação. Raramente, chega a ser encontrado em Córregos parcialmente limpos em áreas urbanas. Porem transita frequentemente nos subsistemas de alagadiços e veredas, além dos campos hidro morfológicos (ou campos úmidos) e igarapés.

O Macho produz ou assobio, curto e agudo, e a fêmea por sua vez, produz um grasnado grave e bem alto. Se detectados, tentam se esconder ou permanecer imóveis, voar apenas em último caso.

São extremamente gregárias, vivem em bandos de até 15-20 indivíduos. Se domesticada, pode se tornar muito mansa, adora um carinho. É também chamada de Pé-Vermelho ou Marreca Asinha Azul.


Na foto, podemos ver um macho de Amazonetta Brasiliensis, e perceber o detalhe esverdeado na asa.
Também percebemos o Anel de Identificação na sua perna, mostrando que é um Indivíduo monitorado pelo meu grupo Pró-Anatídeo, desenvolvido nos Alagados do Estado de Goiás.

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Anatídeos (Família Anatidae)

Anatídeos são um grupo de aves da ordem Anseriformes, da família Anatidae. São caracterizados por possuírem uma densa plumagem impermeável e pés palmados, próprios para seus hábitos aquáticos.
São aves altamente dependentes de ambientes alagados ou chamados também de charcos. No bioma Amazônico, vivem nos igapós, córregos, canais e igarapés.
Porem se compararmos ao interior do País, a Amazônia é um bioma pobre em quantidade de anatídeos, talvez devido à grande quantidade de predadores aquáticos de médio e grande porte.
As principais aves que compõe essa família são os marrecos. As principais espécies são o marreco da asa branca (Dendrocygna Autumnalis), marrequinho dos pés vermelhos (Amazonetta Brasiliensis). 

Seu hábito alimentar é filtrador, ou seja, filtram plantas aquáticas e crustáceos com seu bico, raramente é observado comendo peixes. 

Na foto, são mostrados os Marrecos-Asa-Branca, no Parque Zoobotânico Emilio Goeldi. Os marrecos-asa-branca são também chamados de marreca-cabocla. Alimentam-se de mariscos e crustáceos, plantas aquáticas e vermes, minhocas aquáticas. Vivem em bandos. Quando estão em cativeiro, se apegam ao seu dono e podem ser muito carinhosas.  

              

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Você Sabia? Edição Cerrado.

Você Sabia que...

1. O Fruto do Cerrado "Jatobá" contém Proteínas, Magnésio e Cálcio três vezes mais que os leites de origem animal (gado) e vegetal (amêndoa)?

2. O Cerrado é o terceiro bioma brasileiro com maior Biodiversidade já existente e é reconhecido mundialmente como "hotspost" (área primordial para conservação de espécies) pelos Ambientalistas até de fora?

3. Cerca de 83,7% dos frutos do Cerrado possuem poder de cura ou medicianal que podem facilmente curar doenças graves como Dengue, Osteoporose e até Câncer?

4. O Lobo-Guará símbolo do cerrado, apesar de ser chamado de "lobo" tem 70% de sua dieta composta por frutas do bioma?

5. O Cerrado possui uma Biodiversidade que é comparada até ao Bioma de Floresta Amazônica?

6. Se o Cerrado sumir, não teremos água, alimento e o Planeta poderá ser pobre de vida, causando assim a morte de todos?

7. É berço das águas de nosso país?

"A vida é o futuro do Planeta Terra, e sem o Cerrado não teremos água e os alimentos que garantem essa vida, causando assim, nosso desaparecimento e o desaparecimento dos seres".

Palavras de Estevão Santos.








Cerrado: Nosso Melhor Amigo.

Cerrado, o maior Patrimônio Natural Mundial da Humanidade.

 O cerrado é a vida, demais aves desse bioma povoaram a Amazônia, o Pantanal.
O cerrado é a água, berço da três maiores bacias hidrográficas do Brasil e do Mundo.
O cerrado está dentro de nós, dentro da nossa alma brasileira. Descubra o seu Cerrado, ele é seu maior Patrimônio, que estará sempre do seu lado, na Dor e na Felicidade.
Obrigado Cerrado, por todos os momentos que você nos ajudou, nós estes seres ainda tão pouco evoluídos.

Palavras de Estevão Santos.

Complexo Científico Instituto do Trópico Subúmido (ITS)

O complexo científico ITS é uma das maiores áreas de pesquisa ambiental sobre o bioma cerrado no Estado de Goiás, com o tamanho aproximado de 45 hectares de estrutura. 
Dentro do ITS, encontramos o Memorial do Cerrado, que compõe a Vila Cenográfica de Santa Luzia, a Fazenda, o Museu de História Natural do Cerrado, o Quilombo e a Aldeia Indígena.
Há também a Estação Ecológica São José, que compõe as partes de mata preservada dentro do Instituto, além da área do Jardim Botânico e a Trilha Semente Peregrina com 2 km de extensão.

O Professor Altamir fundou o local em 1992, com o o objetivo de promover a Educação Ambiental no bioma cerrado, e preservar as 4 fitofisionomias ali presente: Mata de Galeria, que acompanha a nascente parcialmente canalizada do Córrego Jatobá no ITS, a Mata Ciliar que acompanha o Lago Principal, a Vereda (veja postagem abaixo), e o Cerrado Típico, presente no final do Instituto.

O Local é uma área de estudo botânico e de zoologia no meio de uma área preservada do Bioma Cerrado. Na foto, a Aldeia Indígena presente no ITS.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Campos Úmidos

Vereda é uma formação florestal caracterizada pela presença das palmeiras Buriti (Mauritia Flexuosa)
As veredas em geral são extensões de mata que podem alcançar 6 km de ocupação. Esta é uma formação típica do cerrado, em geral encontrada em planícies ou vales. 

Porém, as veredas estão sempre acossiadas à campos úmidos, que é uma fitofisionomia endêmica do cerrado. O campo úmido é caracterizado por um solo argiloso parcialmente encharcado e rico em matéria orgânica, porque aquela argila está sempre passando por um processo de revitalização. Além disso, um campo úmido não é um local estável, muito pelo contrário: um passo errado e você afunda. 

E é por isso que as veredas acossiadas aos campos úmidos são as esponjas do cerrado, porque elas captam as águas das chuvas que passam um tempo ali acumuladas, depois com afundam e vão em direção aos aquíferos subterrâneos, chegando até o nosso lençol freático, abastecendo nossos cursos.

Campo úmido no Parque Ezechias Heringer, está ameaçado de extinção, porque é uma área facilmente agriculturável, e o agricultor pode facilmente passar ali seu trator. E essa água acumulada vai pra baixo da terra, porem a planta que plantarem lá, vai buscar esta água buscando usá-la para à hidratar, impedindo assim, a sua chegada e passagem para os aquíferos e para o nosso lençol freático. Agradeço ao Professor Adolpho Fuíca, que me contou sobre o mesmo.