domingo, 28 de fevereiro de 2016

Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco (PEAMP)

O Parque PEAMP foi criado em 1991 e possui uma área de 2.131 hectares com o objetivo de conservar a biodiversidade, proteger os mananciais hídricos para abastecimento público (Ribeirão João Leite) e garantir a manutenção dos processos ecológicos locais, pois a vegetação é de Mata Seca, Cerradão e raramente Cerrado.

Onça-pintada, imagem de Armadilha Fotográfica. O animal foi
fotografado no Parque mais de 07 vezes.


Entrada do Parque Altamiro de Moura Pacheco a partir da BR-060 entre Goiânia e Terezópolis de Goiás, depois da Polícia Rodoviária Federal, lado esquerdo. No local há mais de 480 espécies de plantas e cerca de 600 espécies de animais.


A área onde hoje está o parque era fazenda de Altamiro de Moura Pacheco e foi vendida para o Estado pela metade do preço desde que fosse transformada em reserva ecológica. Várias outras áreas em Goiânia foram doadas pelo médico e farmacêutico que era amigo do então presidente Juscelino Kubtschek e foi o responsável pela desapropriação de terras para a construção da Capital Federal.
A beleza do tucano em banner exibido durante a reabertura do Parque Altamiro de Moura Pacheco, ave já observada dentro do parque.

Foto do Google earth mostra área do parque antes do enchimento da Barragem do Ribeirão João Leite. A BR-060 corta a área ligando Goiânia a Terezópolis de Goiás e seguindo para Brasília (Capital do Brasil).

Foto de Leoiram/Goiás Agora mostra o lago do Ribeirão João Leite quando completou o enchimento total e começava a verter pela barragem. O parque está do lado direito na foto do lago e é importante para manutenção da qualidade da água do lago que abastece Goiânia.

 Trilha do Peba é uma das trilhas que podem ser visitadas no Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco. (Foto: Placa da Trilha do Peba).

Muitas espécies encontradas mortas ou atropeladas nas estradas foram empalhadas. A seriema Cariama cristata é um exemplo de ave que vive na área do parque.
Antes da criação do Parque no local existia a Fazenda Dois Irmãos que desenvolvia atividades de agricultura e pecuária. Hoje, o verde pode ocupar todo o espaço e garantir a existência de inúmeras espécies animais e vegetais. E a partir de agora o setor privado poderá ser o responsável pela manutenção e fazer com que o parque cumpra sua função, não só de preservar a biodiversidade do Cerrado, mas também de garantir que as áreas preservadas sirvam para pesquisa, ensino, visitação e lazer

Tamanduá-bandeira é uma das espécies mais encontradas no Parque Altamiro de Moura Pacheco. Fora de uma reserva e principalmente atravessando estradas esses animais correm muito risco de serem atropelados e mortos. Nos parques ou áreas de proteção estão mais seguros para darem continuidade a espécie.

Arara canindé em banner exibido na reabertura do parque representa bem o cerrado goiano com árvores tortas mas também com grandes matas do Brasil Central.
Maquete mostra como será o Centro de Estudos do Cerrado no Parque Altamiro de Moura Pacheco. Parque vai contar com auditório e Local de Dormitório.




Mata do Parque Altamiro de Moura Pacheco vista a partir da BR-060. Remanescentes do chamado Mato Grosso Goiano ou vegetação que existia no sul, sudoeste e noroeste de Goiás típica de floresta semicaducifólia ou mata seca. Mas dentro do parque pode se encontrar também locais com matas-ciliares e cerradão, mais raro, o cerrado típico.

O Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco - PEAMP foi criado pela lei nº 11.471 de 3 de julho de 1991. Suas terras estão dentro dos municípios de Goianápolis, Nerópolis, Terezópolis de Goiás e Goiânia (Zona Rural).

"Flora do Parque Altamiro de Moura Pacheco:

Açoita-cavalo, aroeira, angico, assa-peixe, bacuri, bálsamo, baru, cafezinho, caroba, cangerana, cedro, chichá, copaíba, cipó, farinha-seca, figueira, guapeva, guatambú-de-folha-larga, guatambú-de-folha-miúda, imbaúba, ingá, ipês, jacarandá, jatobá, jequitibá, jerivá, leiteiro, louro-pardo, macaúba, mamica de porca, maria-preta, marinheiro, moreira, monjoleiro, mulungu, mutamba, paineira, pata-de-vaca, pau-formiga, pau-jacaré, pau-jangada, peroba-rosa, pitanga-do-mato, pororoca, sangra d'água, sucupira-preta, tamboril e gonçalo-alves" (Cartilha Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco - Sebrae 2004)

"Animais do Parque Altamiro de Moura Pacheco:

Capivara, garça-branca, perereca, rã, sapo cururu, sapo comum, sapo boi, anta, cachorro do mato, coelho tapiti, caititu, furão, gambá, gato mourisco, jaguatirica, jaratataca, lobo-guará, lontra, macaco guariba, macaco-prego, mão pelada, mico estrela, morcego, paca, preá, quati, raposa, rato-do-mato, tamanduá, tatu folha, tatupeba, veado-mateiro, cágado, calango, cobras, jabuti, lagartixa, mucurana, teiú, anu-preto, e anu-branco, beija-flor, bem-te-vi, canário, codorna-amarela, corujão, joão-de-barro, periquito, perdiz, pica-pau, pomba-amargosa, quero-quero, rolinha, sabiá, sanhaço, saracura, seriema, socó, sofrê, tiê-do-cerrado, tico-tico-da-mata, tiziu, tucano, urubu, arara, papagaio, gavião, inhambu e outros" (Cartilha Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco - Sebrae 2004)

Maquete mostra uma aldeia de grupos caçadores coletores do período pré-histórico exposta no Museu Jesco Von Puttkamer da PUC Goiás
.
Na área do Parque Altamiro foram encontrados sítios arqueológicos de uma antiga aldeia que comprovam a existência de grupos indígenas. Há publicações que trazem que são da fase Mossâmedes e viveram no local provavelmente entre 15 e 5 séculos atrás - época do descobrimento do Brasil. "Por volta do século V habitavam índios da comunidade Kayapó do Sul (grupo ceramista e horticultor). Com a chegada do homem branco os índios abandonaram a região e foram para outras áreas." (Cartilha Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco - Sebrae 2004).
Urna funerária encontrada em sitio arqueológico no Parque Altamiro de Moura Pacheco, lado direito da BR-060. Foto faz parte do acervo do Instituto Goiano de Pré-História e Antropologia da PUC Goiás.

Árvores grandes, típicas de matas, são encontradas no Parque Altamiro de Moura Pacheco e podem ser observadas por quem passa pela BR-060 que liga Goiânia a Anápolis e Brasília. O parque está a 22 quilômetros de Goiânia e a 25 quilômetros de Anápolis, após percorridos entre Nerópolis e Goianápolis.
Couro de onça pintada que foi exposto no Parque agropecuário em Goiânia. Sem as áreas de proteção ambiental os animais não conseguiriam sobreviver diante da ocupação humana de todo o territorio. Fora de áreas de proteção os animais podem ser alvos fáceis de caçadores, caboclos, assim, causando sua morte.

Reserva Lago do Cedro - Aruanã/GO

Às margens do Rio Araguaia, está a Reserva Extrativista Lago do Cedro, emAruanã, no noroeste goiano. Nos 30 quilômetros de extensão e em uma área de 17.337 hectares, estão reunidos 72 lagos de água doce, sendo 64 deles perenes, ou seja, nunca secam. Mais de 324 espécies de aves foram catalogadas no parque ecológico criado em 2006.
"Aqui podemos encontrar andorinha, pica-pau do campo, maria de barro, martin-pescador, marrecos, gaviões, entre outras espécies", explicou o biólogo e coordenador de pesquisas da reserva, Kenney Andrade Borges. Os jacarés, de diversas espécies, também são muito procurados pelos turistas, que têm curiosidade de chegar bem próximo aos animais.
O pesquisador ressalta a importância da preservação da área para a presença desses bichos. "Cerca de 84% da área da reserva ainda tem vegetação nativa. Como o curso do Rio Araguaia atinge muitos locais, não foi possível desmatar para aproveitar os terrenos para outros usos. Dessa forma, os animais são beneficiados", afirma. Antas, caititus e até os cervos são vistos aqui facilmente, mesmo no período da manhã.
O Pato-Corredor (Neochen Jubata) é facilmente encontrado na Reserva.

Serra do Jacu - Trindade/GO

Localizada no município de Trindade no Estado de Goiás, a Serra do Jacu é uma elevação geográfica caracterizado por Serra, com mais de 800 metros de altitude. Cercada pelo Córrego do Onça, a Serra forma uma vegetação composta pelos subsistemas de Mata de Galeria, Floresta Ribeirinha, Mata Ripária e Cerrado Típico e de Altitude. 


Da fauna podemos encontrar espécies diversificadas, o Tucanuçu e o Caburé são as aves mais comuns no local. Na vegetação de Brachiara que fica nas margens do Córrego do Onça na parte sul, podem ser vistos os Jacaretinga (Caiman Crocodilus) no período noturno. Na trilha que leva ao topo da Serra já foi avistada um Onça-Preta (Panthera Onca), só que muito de longe, cerca de 1000 metros


terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Movimentos dos Mamíferos na região de Goiás

Diversas espécies de mamíferos que compõem a mastofauna do cerrado no estado de Goiás, realiza movimentos quase migratórias, saindo de seus ambientes e transitando para outros.
Várias espécies deixam seus nichos específicos para se mudar de subsistema, muitos acreditam que tem muito haver com a disponibilidade de alimento e as condições para reprodução e procriação.

Muitas vezes animais atípicos da região de Goiás são vistos e até mesmo em ambientes diferentes dos originais das espécies. Acompanhe agora um trecho do depoimento de Roberto Malheiros:

[...] Dos 30 anos que morei no Parque Nacional das Emas,
 nunca vi entre os anos de 1964 à 1980 realizando movimentos
 de deslocamento entre ambiente [...]

Roberto Malheiros diz que, durante alguns meses do ano de 1976, avistaram uma espécie de primata inesperado na região, o Alouatta Guariba (Bugio-Ruivo). Consta que, o animal se encontrava em deslocamento no subsistema de campo limpo, tido como nicho adverso por esta espécie, já que vive nos subsistemas de Mata Galeria, Floresta Ripária Semidecídua, Mata Ribeirinha e Floresta Estacional Semidecidual.

domingo, 14 de fevereiro de 2016

Marrequinha-Asa-de-Seda (Amazonetta Brasiliensis)

A Marrequinha Asa de Seda (Amazonetta Brasiliensis) é uma ave Anseriforme da família Anatidae. Marreco de pequeno porte, os machos medem entre 40-43 cm e as fêmeas entre 39-40 cm. Seu nome científico quer dizer "Marreco do Rio Amazonas" pelo fato de que nas expedições em 1530 ela foi observada frequentemente nos Igarapés da Amazônia. No Bioma Cerrado, é uma das espécies mais abundantes, registradas em 87,3% dos anilhamentos de anatídeos na região do Estado de Goiás.

Habita pequenos cursos d´água, brejos de vegetação densa e áreas úmidas, ocasionalmente em pequenas represas ou poças cercadas por vegetação. Raramente, chega a ser encontrado em Córregos parcialmente limpos em áreas urbanas. Porem transita frequentemente nos subsistemas de alagadiços e veredas, além dos campos hidro morfológicos (ou campos úmidos) e igarapés.

O Macho produz ou assobio, curto e agudo, e a fêmea por sua vez, produz um grasnado grave e bem alto. Se detectados, tentam se esconder ou permanecer imóveis, voar apenas em último caso.

São extremamente gregárias, vivem em bandos de até 15-20 indivíduos. Se domesticada, pode se tornar muito mansa, adora um carinho. É também chamada de Pé-Vermelho ou Marreca Asinha Azul.


Na foto, podemos ver um macho de Amazonetta Brasiliensis, e perceber o detalhe esverdeado na asa.
Também percebemos o Anel de Identificação na sua perna, mostrando que é um Indivíduo monitorado pelo meu grupo Pró-Anatídeo, desenvolvido nos Alagados do Estado de Goiás.

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Anatídeos (Família Anatidae)

Anatídeos são um grupo de aves da ordem Anseriformes, da família Anatidae. São caracterizados por possuírem uma densa plumagem impermeável e pés palmados, próprios para seus hábitos aquáticos.
São aves altamente dependentes de ambientes alagados ou chamados também de charcos. No bioma Amazônico, vivem nos igapós, córregos, canais e igarapés.
Porem se compararmos ao interior do País, a Amazônia é um bioma pobre em quantidade de anatídeos, talvez devido à grande quantidade de predadores aquáticos de médio e grande porte.
As principais aves que compõe essa família são os marrecos. As principais espécies são o marreco da asa branca (Dendrocygna Autumnalis), marrequinho dos pés vermelhos (Amazonetta Brasiliensis). 

Seu hábito alimentar é filtrador, ou seja, filtram plantas aquáticas e crustáceos com seu bico, raramente é observado comendo peixes. 

Na foto, são mostrados os Marrecos-Asa-Branca, no Parque Zoobotânico Emilio Goeldi. Os marrecos-asa-branca são também chamados de marreca-cabocla. Alimentam-se de mariscos e crustáceos, plantas aquáticas e vermes, minhocas aquáticas. Vivem em bandos. Quando estão em cativeiro, se apegam ao seu dono e podem ser muito carinhosas.  

              

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Você Sabia? Edição Cerrado.

Você Sabia que...

1. O Fruto do Cerrado "Jatobá" contém Proteínas, Magnésio e Cálcio três vezes mais que os leites de origem animal (gado) e vegetal (amêndoa)?

2. O Cerrado é o terceiro bioma brasileiro com maior Biodiversidade já existente e é reconhecido mundialmente como "hotspost" (área primordial para conservação de espécies) pelos Ambientalistas até de fora?

3. Cerca de 83,7% dos frutos do Cerrado possuem poder de cura ou medicianal que podem facilmente curar doenças graves como Dengue, Osteoporose e até Câncer?

4. O Lobo-Guará símbolo do cerrado, apesar de ser chamado de "lobo" tem 70% de sua dieta composta por frutas do bioma?

5. O Cerrado possui uma Biodiversidade que é comparada até ao Bioma de Floresta Amazônica?

6. Se o Cerrado sumir, não teremos água, alimento e o Planeta poderá ser pobre de vida, causando assim a morte de todos?

7. É berço das águas de nosso país?

"A vida é o futuro do Planeta Terra, e sem o Cerrado não teremos água e os alimentos que garantem essa vida, causando assim, nosso desaparecimento e o desaparecimento dos seres".

Palavras de Estevão Santos.








Cerrado: Nosso Melhor Amigo.

Cerrado, o maior Patrimônio Natural Mundial da Humanidade.

 O cerrado é a vida, demais aves desse bioma povoaram a Amazônia, o Pantanal.
O cerrado é a água, berço da três maiores bacias hidrográficas do Brasil e do Mundo.
O cerrado está dentro de nós, dentro da nossa alma brasileira. Descubra o seu Cerrado, ele é seu maior Patrimônio, que estará sempre do seu lado, na Dor e na Felicidade.
Obrigado Cerrado, por todos os momentos que você nos ajudou, nós estes seres ainda tão pouco evoluídos.

Palavras de Estevão Santos.

Complexo Científico Instituto do Trópico Subúmido (ITS)

O complexo científico ITS é uma das maiores áreas de pesquisa ambiental sobre o bioma cerrado no Estado de Goiás, com o tamanho aproximado de 45 hectares de estrutura. 
Dentro do ITS, encontramos o Memorial do Cerrado, que compõe a Vila Cenográfica de Santa Luzia, a Fazenda, o Museu de História Natural do Cerrado, o Quilombo e a Aldeia Indígena.
Há também a Estação Ecológica São José, que compõe as partes de mata preservada dentro do Instituto, além da área do Jardim Botânico e a Trilha Semente Peregrina com 2 km de extensão.

O Professor Altamir fundou o local em 1992, com o o objetivo de promover a Educação Ambiental no bioma cerrado, e preservar as 4 fitofisionomias ali presente: Mata de Galeria, que acompanha a nascente parcialmente canalizada do Córrego Jatobá no ITS, a Mata Ciliar que acompanha o Lago Principal, a Vereda (veja postagem abaixo), e o Cerrado Típico, presente no final do Instituto.

O Local é uma área de estudo botânico e de zoologia no meio de uma área preservada do Bioma Cerrado. Na foto, a Aldeia Indígena presente no ITS.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Campos Úmidos

Vereda é uma formação florestal caracterizada pela presença das palmeiras Buriti (Mauritia Flexuosa)
As veredas em geral são extensões de mata que podem alcançar 6 km de ocupação. Esta é uma formação típica do cerrado, em geral encontrada em planícies ou vales. 

Porém, as veredas estão sempre acossiadas à campos úmidos, que é uma fitofisionomia endêmica do cerrado. O campo úmido é caracterizado por um solo argiloso parcialmente encharcado e rico em matéria orgânica, porque aquela argila está sempre passando por um processo de revitalização. Além disso, um campo úmido não é um local estável, muito pelo contrário: um passo errado e você afunda. 

E é por isso que as veredas acossiadas aos campos úmidos são as esponjas do cerrado, porque elas captam as águas das chuvas que passam um tempo ali acumuladas, depois com afundam e vão em direção aos aquíferos subterrâneos, chegando até o nosso lençol freático, abastecendo nossos cursos.

Campo úmido no Parque Ezechias Heringer, está ameaçado de extinção, porque é uma área facilmente agriculturável, e o agricultor pode facilmente passar ali seu trator. E essa água acumulada vai pra baixo da terra, porem a planta que plantarem lá, vai buscar esta água buscando usá-la para à hidratar, impedindo assim, a sua chegada e passagem para os aquíferos e para o nosso lençol freático. Agradeço ao Professor Adolpho Fuíca, que me contou sobre o mesmo.






terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Aves do Cerrado

A riqueza de aves no bioma cerrado é impressionante. Das 1800 aves do Brasil já descobertas, cerca de 876 vivem neste bioma. Destas, 64 são endêmicas, ou seja, o único lugar no mundo onde podem ser encontradas é em devido bioma, nesse caso o cerrado. Entre algumas delas estão: Bicudo, Caboclinho do Sertão, Sanã-de-cara-Ruiva, Andarilho, Cardeal-de-Goiás, Soldadinho, Tapaculo, etc.

Porém, grande parte destas espécies está ameaçada, e não é atoa: mais de 80% da área original deste bioma já foi consumida pelas pastagens e pelas monoculturas de soja, cana-de-açúcar e milho. Somente 20% de sua área original não foi devastada, mais destes 20%, somente 0,07% é protegido!

Aves do Centro-Oeste (Vídeo: Osvaldo Scalabrini).

Um Pouco do Cerrado

O Bioma Cerrado

Entre os 25 lugares no mundo, o Cerrado está entre um dos mais ricos em biodiversidade. Neste local as belezas estão nos detalhes, nas águas cristalinas, nas aves e na imensidão. A incrível riqueza deste local, conta com 876 aves, das quais 64 só existem lá, conta também com 215 mamíferos, 120 anfíbios, dos quais 73% são endêmicos, 154 répteis e 3.200 seres da ictiofauna (fauna aquática).

Mas mesmo estando ameaçado, com somente 20% de sua área original remanescente, várias organizações e institutos estão lutando para conservar este local. Uma dessas organizações é o PED Cerrados (Centro de Estudos do Cerrado), que possui a Sede em Goiânia. Está organização é destinada à conservação e pesquisa deste local, que já ocupou 22% de todo o território nacional.

Amostra de Documentário do Cerrado.



Narcejão (Gallinago Undulata)

Ave Narcejão (Gallinago Undulata)

O Narcejão (Gallinago Undulata) é uma ave charadriiforme da família Scolopacidae (família que compreende as narcejas). Possuidor de um longo bico em forma de agulha, ave de hábitos solitários, noturnos ou crepusculares (porem pode também ser ativo na boca da noite, em certos locais).

É uma ave que possui hábitos ainda parcialmente desconhecidos, devido ao fato de que, além de ser uma ave noturna, é muito arisca e difícil de ser avistada, pois permanece no capinzal denso.

Seu habitat são os brejos densos, capinzais alagados e sobretudo, uma vegetação endêmica do cerrado: o campo úmido (definição: fisionomia constituída por capim, solo argiloso e solo encharcado). Durante o dia, a ave permanece no capinzal denso, e a noite, sai para caçar, usando o bico como ferramenta para contar e se locomover pelo capinzal. Pode ocorrer até 2.000 m de altitude.

Na foto, imagem ilustrativa do Narcejão (Gallinago Undulata).