domingo, 5 de junho de 2016

A Redescoberta de uma ave no cerrado que causou mistério na ornitologia

Na região do Cerrado Mineiro, o pesquisador Rafael Bessa, redescobre uma ave raríssima, talvez a mais rara do mundo, a Columbina Cyanopis (Pelzenln, 1870) Rolinha-do-Planalto.
É um dos maiores mistérios da Ornitologia Mundial, não era vista desde 1940-1941 (S. de Goiás). Em 1823 ela foi descoberta na região da ESEC Serra das Araras, MT. Cinco indivíduos dessa espécie foram coletados no local e taxidermizados, três no sul de Goiás e outros dois no Noroeste de São Paulo.

Foto: Rafael Bessa
 Já se sabia parcialmente de sua descrição física, mas não se conhecia nem o tom de azul de seus olhos, o bronzeado de sua barriga e as manchas carijós nas asas. 

"Estava em um Cerrado fechado, um campo rupestre bem aflorado, com
aspectos rochosos e plantas de pequeno porte. Sentei por ali, e escutei uma estranha vocalização.
No dia seguinte, voltei ao local, soltei a gravação do mesmo canto, e ela se aproximou
de mim. Fotografei, mas quando olhei no visor atentamente, começei a tremer"

Rafael Bessa

Only 12 individuals are confirmed: Blue-eyed Ground Dove <i>Columbina cyanopis</i> © Rafael Bessa
Foto: Rafael Bessa
Indica-se que só existam 12 indivíduos na natureza, fotografados por Bessa e Nogueira, no último SAVE Brasil. Existe uma pequena população no Sul de Goiás, na Serra das Araras, em Mato Grosso e está provavelmente extinta em São Paulo pelo grande avanço das monoculturas e cidades.

Que o nosso Cerrado nos traga mais revelações, como essa....

sábado, 16 de abril de 2016

Mata Deserta

Embora hajam atualmente em território brasileiro sérios problemas com a forte e impactante expansão urbana, agrícola e humana, matas ainda não descobertas continuam virgens.
Se estabelecidos "limites" aos trabalhadores rurais e proprietários da região com terras e matas ainda completamente inexploradas, a sustentabilidade ambiental, chamada "Coexistência" talvez possa atingir graus mais altos, e, fazer daquele local, um grande corredor de biodiversidade.

Cada vez mais que surgem problemas para as matas,
animais e plantas desaparecem.
O Que o mundo chama de "Progresso" é na verdade um problema para as matas, animais e plantas, depois se voltando contra nós. O Cerrado por exemplo, que já perdeu mais de 80% de sua cobertura vegetal, é o bioma responsável por nos dar ÁGUA e ALIMENTO. Porém, isso não é enxergado por ninguém, que pega o trator, o correntão e vai devastando as florestas brasileiras.


Então reflitam, porque ainda é tempo de acabar com esse progresso desenfreado. Quem sabe um dia, enxerguemos a olho nu, uma Mata Deserta... 

domingo, 3 de abril de 2016

Refúgios Ecológicos

Urubu-rei (Sarcoramphus Papa) no Refúgio Ecológico
Guardiões do Cerrado. (Foto: Douglas Santos)

Refúgios ecológicos são locais que procuram visar a conservação de devido ambiente florestal, proporcionar ecoturismo, educação ambiental e observação de fauna silvestre. No estado de Goiás, destaca-se o Refúgio Ecológico Guardiões do Cerrado, localizado no município de Serranópolis. O local apresenta remanescentes de matas fechadas, floresta estacionais e cerradões. A fauna é bem diversificada, espécies como tamanduás, onças, jaguatiricas, urubu-rei, antas e lobos. O local é também importante sítio arqueológico, pois guarda algumas pinturas rupestres. Há também cachoeiras, mirantes e locais de educação.
Endereço: 
ENTRE RIOS VERDES E CORRENTE
Cidade/UF: SERRANÓPOLIS
SERRANÓPOLIS / GO
Telefones:
(64) 9606-2203 / (61) 9963-4181



Redescobrindo Matas Virgens

O Estado de Goiás apresenta em sua porção sul e sudoeste pequenos, muito pequenos, porém muitos, remanescentes de transições de cerrado com mata atlântica. Dentre uma das pistas que podemos destacar, é a presença de Florestas Estacionais Semideciduais (FES), um tipo de fitofisionomia originária da mata atlântica em transição com cerrado.

Floresta Estacional Semidecidual (Mata Atlântica) em
Serranópolis, no sudoeste do estado de Goiás.
Onde podemos observar isso com mais frequência, na Serra da Onça, em Serranópolis/GO. A Fitofisionomia principal é caracterizada por FES. Isso leva também, à mudanças no tipo de fauna. Um lobo-guará, não viveria em uma mata decidual, apesar de estar distribuído em todo o estado. Uma anta, ou uma paca, ou até uma onça-vermelha, podem viver em uma Mata decidual, porque são mais adaptadas a este tipo de ambiente, sendo mais encontradas nesse subsistema.

Vista de Neblina, na Serra da Onça. Região de matas
deciduais e florestas estacionais. Serranópolis/GO.
Redescobrindo essa floresta, com o nome de Serra da Onça...Foi uma grande descoberta. O Programa "Redescobrindo Matas Virgens" desenvolvidos na serra da onça, mostra que aquele local ainda guarda grande potencial de fauna, ainda não descobertos.

Trilhas do Parque Nacional das Emas - GO

Parque Nacional das Emas - Mineiros/GO 

Enfim no Parque Nacional das Emas
O Parque Nacional das Emas é situado no chamado Planalto Central, que abrange os estados banhados pelo aquífero Guarani e com presença de biomas como cerrado e mata atlântica. O parque é localizado no extremo sudoeste do estado de Goiás, abrangendo os municípios de Mineiros (GO), Chapadão do Céu (GO), Costa Rica (MS) e Chapadão do Sul (MS). O parque conta com 4 portões, sendo 2 desses abertos à visitantes, o Portão Jacuba em Mineiros e o Portão Guarda do Bandeira, em Chapadão do Céu.
São 131.868 hectares de reserva dos cerrados, onde o visitante além de poder observar além da rica vegetação, corredeiras de águas cristalinas e animais como Veado-Campeiro, Tamanduá, Arara, Lobo-Guará, Lobinho, Sucuri, Emas e Cervo-do-pantanal.

Olha uma Cascavel na estrada de Chapadão do Céu
Trilha do Jacuba - Esse percurso de aproximadamente 50 km é ideal para se fazer de carro. Durante o passeio é possível parar o carro e fazer uma trilha, na cabeceira do Rio Jacuba. Ela tem aproximadamente 40 m e passa pelo Córrego Jacubinha, onde se pode beber água. Animais como o Veado-Campeiro, o Jaó, o Chopim do Brejo e Tamanduás são vistos com facilidade durante o percurso.

Trilha do Formoso - Tem aproximadamente 1 km de extensão, passando por matas de galeria e ciliares, além de uma vereda e acaba no Rio Formoso, onde você pode dar uma refrescada. O veado-mateiro, o tamanduá-bandeira, arara-canindé e a maria-faceira são vistos na trilha. Já foi observado rastros de queixadas sendo perseguidos por onça nessa trilha. O acesso é feito pelo Portão Guarda do Bandeira, em Chapadão do Céu.

Trilha do Brigadista - Tem aproximadamente 2 km de extensão, e nela, você pode ver muitos animais, como queixadas, pula-pula-de-sobrancelha, soldadinho, trinca-ferro, jaó, capivara. Ela passa, em seu trajeto, por um campo úmido (parcialmente alagado durante todo o ano) e acaba na Lagoa da Capivara.

Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Gxwp1DIz0cE



quinta-feira, 24 de março de 2016

Aves do Jardim Botânico - Goiânia/GO

Com mais de 300 hectares de Mata Seca, Mato Grosso Goiano, Mata Ciliar e de Galeria, o Jardim Botânico de Goiânia é um local primordial para conservação de espécies, contando ainda com uma estufa, borboletário e animais silvestres.
Por todos esses e outros fatos, o Jardim Botânico guarda muitas espécies da fauna das regiões de mata, o que está constantemente atraindo observadores de aves para este local. Por isso, dei uma passada por lá para ver como está a quantidade de aves do local, e me surpreendi.

Registrei no local aves incomuns, como o Benedito-de-Testa-Amarela (Melanerpes Flavifrons) algo incomum para Goiânia, pois esta ave é mais comum na região Sudeste do Brasil, na área de Mata Atlântica. Outra ave que me surpreendeu foi o Socó-Boi (Tigrisoma Lineatum), pois esta ave não é facilmente vista em áreas urbanas, além disso costuma ser muito arisco.

Lista de aves ocorrentes no Jardim Botânico - Goiânia/GO
((SÓ SERÃO APRESENTADAS ALGUMAS AVES))


ANATIDAE

Amazonetta Brasiliensis; Marreco-Ananaí; Brazilian Teal


CRACIDAE

Penelope superciliaris; Jacupemba; Rusty-margined Guan
Crax Fasciolata; Mutum-Pinima; Bare-faced Currasow

ARDEIDAE

Ardea alba; Garça-branca-grande; Great egret
Ardea cocoi; Garça-moura; Gray heron
Egretta thula; Garça-branca-pequena; Snowy egret
Nyctorax nyctorax; Socó-dorminhoco; Black-crowned Heron
Buterioedes striata; Socozinho; Striated Heron

THERESKIORNITIDAE

Mesembrinibis caynnensis; Coró-coró; Green ibis
Phimosus infuscatus; Tapicuru-de-cara-pelada; Bare-faced Ibis
Theristicus caudatus; Curicaca; Buff-necked Ibis

CATHARTIDAE

Coragyps atratus; Urubu-de-cabeça-preta; Black Vulture

ACCIPITRIDAE

Rupornis magnirostris; Gavião-carijó; Roadside Hawk
Buteo brachyurus; Gavião-de-cauda-curta; Short-tailed Hawk
Spizaetus tyrannus; Gavião-pega-macaco; Black Hawk-Eagle

FALCONIDAE

Caracara plancus; Gavião-carcará; Southern Caracara
Falco sperverius; Quiriquiri; American Kestrel

RALLIDAE

Aramides cajanea; Saracura-três-potes; Gray-necked Wood-rail
Pardirallus nigricans; Saracura-sanã; Blackish Wood-rail
Gallinula galeata; Frango-d'-água-comum; Common Moorhen
Porphyrula martinica; Frango-d'-água-azul; Purple gallinule

COLUMBIDAE

Columba picazuro; Pomba-asa-branca; Picazuro pigeon
Columba caynnensis; Pomba-galega; Pale-vented Pigeon
Columba plumbea; Pomba-amargosa; Plumbeous Pigeon
Leptotila verreauxi; Juriti-pupu; White-tipped Dove
Leptotila rufaxilla; Juriti-gemedeira; Gray-fronted Dove
Zenaida auriculata; Pomba-arribaçã; Eared Dove
Columbina tapacolti; Rolinha-roxa; Ruddy-ground Dove
Columbina squammata; Fogo-apagou; Scaled Dove
Columba livia; Pombo-doméstico; Rock Pigeon

PSITTACIDAE

Diopsittaca nobilis; Maracanã-pequena; Red-shouldered Macaw
Forpus xanthopterygius; Tuim; Blue-winged Parrolet
Brotogeris chiriri; Periquito-de-asa-amarela; Yellow-chevroned Parakeet
Amazona aestiva; Papagaio-verdadeiro; Blue-fronted Parrot
Amazona amazonica; Curica; Orange-winged parakeet

CUCULIDAE

Piaya cayana; Alma-de-gato; Squirrel Cuckoo
Crotophaga ani; Anu-preto; Smooth-billed Ani
Guira guira; Anu-branco; Guira Cukoo

STRIGIDAE

Tyto furcata; Suindara; Barn Owl
Megascops choliba; Corujinha-do-mato; Tropical Screech-Owl
Glaucidium brasilianum; Caburé; Ferruginous Pigmy-Owl
Asio Clamator; Coruja-orelhuda; Striped Owl

CAPRIMULGIDAE

Hydropsalis albicolis; Curiango; Parauque
Hydropsalis parvula; Bacurau-chintã; Little Nightjar






domingo, 20 de março de 2016

Jardim Botânico de Goiânia - GO

O Jardim Botânico de Goiânia foi fundado em 1978, com o objetivo de abrigar os remanescentes de mata fechada (mata de galeria e floresta ciliar) e os animais silvestres da área. O local também guarda um borboletário, um lago e um abrigo com mais de 60 espécies de plantas e flores.

Porém o local guarda 1.000.000 m² de matas de galeria e de vegetação ciliar, e isso tem cada vez mais atraído observadores de pássaros, que procuram diversas espécies no local, onde se refugiam aves e também mamíferos de pequeno e médio porte.