sábado, 27 de agosto de 2016

Cerrado Maior Biodiversidade do Mundo


Com uma biodiversidade tão grande e surpreendente, O Cerrado é a savana mais rica em aspectos de diversidade do planeta. Com quase 1.000 espécies de aves, 11.000 espécies de insetos, 120 répteis, 215 mamíferos, a sua biodiversidade compreende 41% DE TODA A BIODIVERSIDADE BRASILEIRA. 
Confira o documentário produzido por mim, que mostra algumas das belas imagens desse fascinante bioma. 
Agradecimentos: Equipe do Santuário Vagafogo (Uirá, Sr. Evandro e Marcus), Diretoria da Reserva do Abade, Guardiões do Cerrado AGC, DOC Cerrado, Projeto Voz do Cerrado, Brasília é o Bicho (Auxílio com a Trilha Sonora)

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Fitofisionomias do Cerrado - Veredas e Buritizais

Dentre as mais diversificadas fitofisionomias do Cerrado, uma que podemos destacar são as veredas.

Vereda em São Sebastião do Paraíso/MG
As veredas, geralmente estão associadas aos campos úmidos (veja em: http://cerradoeecologiagoias.blogspot.com.br/2016/02/veredas-e-campos-umidos.html) e além disso, são como "Oásis do Cerrado" pois, além de abrigarem grande quantidade de espécies, sempre há algum curso d' água ou córrego dentro de uma vereda, o que garante água infinita para os animais e plantas da região, a menos que essa vereda seque ou seja destruída.

Os buritizais, geralmente, ficam submersos por água, ou crescem dentro de lagoas, diferentemente das veredas, que crescem em campos úmidos.

Buritizal na savana de Roraima
Os buritizais crescem dentro de lagoas, originando assim, a presença de plantas ou gramíneas aquáticas. Muitas espécies de psitacídeos (como araras, periquitos, jandaias e maracanãs) aproveitam as palmeiras para nidificar.



domingo, 5 de junho de 2016

A Redescoberta de uma ave no cerrado que causou mistério na ornitologia

Na região do Cerrado Mineiro, o pesquisador Rafael Bessa, redescobre uma ave raríssima, talvez a mais rara do mundo, a Columbina Cyanopis (Pelzenln, 1870) Rolinha-do-Planalto.
É um dos maiores mistérios da Ornitologia Mundial, não era vista desde 1940-1941 (S. de Goiás). Em 1823 ela foi descoberta na região da ESEC Serra das Araras, MT. Cinco indivíduos dessa espécie foram coletados no local e taxidermizados, três no sul de Goiás e outros dois no Noroeste de São Paulo.

Foto: Rafael Bessa
 Já se sabia parcialmente de sua descrição física, mas não se conhecia nem o tom de azul de seus olhos, o bronzeado de sua barriga e as manchas carijós nas asas. 

"Estava em um Cerrado fechado, um campo rupestre bem aflorado, com
aspectos rochosos e plantas de pequeno porte. Sentei por ali, e escutei uma estranha vocalização.
No dia seguinte, voltei ao local, soltei a gravação do mesmo canto, e ela se aproximou
de mim. Fotografei, mas quando olhei no visor atentamente, começei a tremer"

Rafael Bessa

Only 12 individuals are confirmed: Blue-eyed Ground Dove <i>Columbina cyanopis</i> © Rafael Bessa
Foto: Rafael Bessa
Indica-se que só existam 12 indivíduos na natureza, fotografados por Bessa e Nogueira, no último SAVE Brasil. Existe uma pequena população no Sul de Goiás, na Serra das Araras, em Mato Grosso e está provavelmente extinta em São Paulo pelo grande avanço das monoculturas e cidades.

Que o nosso Cerrado nos traga mais revelações, como essa....

sábado, 16 de abril de 2016

Mata Deserta

Embora hajam atualmente em território brasileiro sérios problemas com a forte e impactante expansão urbana, agrícola e humana, matas ainda não descobertas continuam virgens.
Se estabelecidos "limites" aos trabalhadores rurais e proprietários da região com terras e matas ainda completamente inexploradas, a sustentabilidade ambiental, chamada "Coexistência" talvez possa atingir graus mais altos, e, fazer daquele local, um grande corredor de biodiversidade.

Cada vez mais que surgem problemas para as matas,
animais e plantas desaparecem.
O Que o mundo chama de "Progresso" é na verdade um problema para as matas, animais e plantas, depois se voltando contra nós. O Cerrado por exemplo, que já perdeu mais de 80% de sua cobertura vegetal, é o bioma responsável por nos dar ÁGUA e ALIMENTO. Porém, isso não é enxergado por ninguém, que pega o trator, o correntão e vai devastando as florestas brasileiras.


Então reflitam, porque ainda é tempo de acabar com esse progresso desenfreado. Quem sabe um dia, enxerguemos a olho nu, uma Mata Deserta... 

domingo, 3 de abril de 2016

Refúgios Ecológicos

Urubu-rei (Sarcoramphus Papa) no Refúgio Ecológico
Guardiões do Cerrado. (Foto: Douglas Santos)

Refúgios ecológicos são locais que procuram visar a conservação de devido ambiente florestal, proporcionar ecoturismo, educação ambiental e observação de fauna silvestre. No estado de Goiás, destaca-se o Refúgio Ecológico Guardiões do Cerrado, localizado no município de Serranópolis. O local apresenta remanescentes de matas fechadas, floresta estacionais e cerradões. A fauna é bem diversificada, espécies como tamanduás, onças, jaguatiricas, urubu-rei, antas e lobos. O local é também importante sítio arqueológico, pois guarda algumas pinturas rupestres. Há também cachoeiras, mirantes e locais de educação.
Endereço: 
ENTRE RIOS VERDES E CORRENTE
Cidade/UF: SERRANÓPOLIS
SERRANÓPOLIS / GO
Telefones:
(64) 9606-2203 / (61) 9963-4181



Redescobrindo Matas Virgens

O Estado de Goiás apresenta em sua porção sul e sudoeste pequenos, muito pequenos, porém muitos, remanescentes de transições de cerrado com mata atlântica. Dentre uma das pistas que podemos destacar, é a presença de Florestas Estacionais Semideciduais (FES), um tipo de fitofisionomia originária da mata atlântica em transição com cerrado.

Floresta Estacional Semidecidual (Mata Atlântica) em
Serranópolis, no sudoeste do estado de Goiás.
Onde podemos observar isso com mais frequência, na Serra da Onça, em Serranópolis/GO. A Fitofisionomia principal é caracterizada por FES. Isso leva também, à mudanças no tipo de fauna. Um lobo-guará, não viveria em uma mata decidual, apesar de estar distribuído em todo o estado. Uma anta, ou uma paca, ou até uma onça-vermelha, podem viver em uma Mata decidual, porque são mais adaptadas a este tipo de ambiente, sendo mais encontradas nesse subsistema.

Vista de Neblina, na Serra da Onça. Região de matas
deciduais e florestas estacionais. Serranópolis/GO.
Redescobrindo essa floresta, com o nome de Serra da Onça...Foi uma grande descoberta. O Programa "Redescobrindo Matas Virgens" desenvolvidos na serra da onça, mostra que aquele local ainda guarda grande potencial de fauna, ainda não descobertos.

Trilhas do Parque Nacional das Emas - GO

Parque Nacional das Emas - Mineiros/GO 

Enfim no Parque Nacional das Emas
O Parque Nacional das Emas é situado no chamado Planalto Central, que abrange os estados banhados pelo aquífero Guarani e com presença de biomas como cerrado e mata atlântica. O parque é localizado no extremo sudoeste do estado de Goiás, abrangendo os municípios de Mineiros (GO), Chapadão do Céu (GO), Costa Rica (MS) e Chapadão do Sul (MS). O parque conta com 4 portões, sendo 2 desses abertos à visitantes, o Portão Jacuba em Mineiros e o Portão Guarda do Bandeira, em Chapadão do Céu.
São 131.868 hectares de reserva dos cerrados, onde o visitante além de poder observar além da rica vegetação, corredeiras de águas cristalinas e animais como Veado-Campeiro, Tamanduá, Arara, Lobo-Guará, Lobinho, Sucuri, Emas e Cervo-do-pantanal.

Olha uma Cascavel na estrada de Chapadão do Céu
Trilha do Jacuba - Esse percurso de aproximadamente 50 km é ideal para se fazer de carro. Durante o passeio é possível parar o carro e fazer uma trilha, na cabeceira do Rio Jacuba. Ela tem aproximadamente 40 m e passa pelo Córrego Jacubinha, onde se pode beber água. Animais como o Veado-Campeiro, o Jaó, o Chopim do Brejo e Tamanduás são vistos com facilidade durante o percurso.

Trilha do Formoso - Tem aproximadamente 1 km de extensão, passando por matas de galeria e ciliares, além de uma vereda e acaba no Rio Formoso, onde você pode dar uma refrescada. O veado-mateiro, o tamanduá-bandeira, arara-canindé e a maria-faceira são vistos na trilha. Já foi observado rastros de queixadas sendo perseguidos por onça nessa trilha. O acesso é feito pelo Portão Guarda do Bandeira, em Chapadão do Céu.

Trilha do Brigadista - Tem aproximadamente 2 km de extensão, e nela, você pode ver muitos animais, como queixadas, pula-pula-de-sobrancelha, soldadinho, trinca-ferro, jaó, capivara. Ela passa, em seu trajeto, por um campo úmido (parcialmente alagado durante todo o ano) e acaba na Lagoa da Capivara.

Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Gxwp1DIz0cE